O blockchain parece não se relacionar com nada que tenha a ver com fotografia ou criação de conteúdo. É uma tecnologia que vem revolucionando a indústria financeira, mas não é exclusiva das finanças. Na verdade, Blockchain e NFT para fotógrafos é uma maneira muito mais transparente de proteger as informações e verificar a veracidade de obras fotográficas. No mundo da criação de conteúdo, a distribuição não autorizada de conteúdo pode realmente afetar a renda de um fotógrafo ou artista. Também há muitas fraudes que envolvem a venda de obras de arte falsas e falsas afirmações sobre o trabalho original. Esses são problemas que um blockchain pode ajudar em relação a direitos autorais, propriedade de arte e conteúdo originais.
NFT em ascensão
A ascensão do NFT (Non-Fungible Token) vem obtendo destaque no mundo do DeFi (Finanças Descentralizadas). O NFT é um exemplo das várias maneiras pelas quais os blockchains estão sendo aplicados. Isso fornece uma maneira de “tokenizar” um ativo digital ou tangível que pode ser vendido ou negociado por meio de uma troca digital. Também pode ser de maneira direta ponto a ponto, que envolve apenas duas partes.
Neste caso pode ser entre um artista digital (a parte que produz a obra) e um comprador (a parte que quer comprar a obra). Isso também se aplica a fotógrafos que desejam “tokenizar” seu trabalho, artistas gráficos que desejam vender seu trabalho em um mercado emergente e criadores de conteúdo que criam arte digital especificamente.
Os NFTs têm uma ampla gama de aplicações, mas são adequados para conteúdo digital e itens colecionáveis (digitais e físicos), como arte original, cartões colecionáveis, música, fotografias e prêmios de jogos (por exemplo, recompensas de videogames). Para fotógrafos e artistas que trabalham principalmente com conteúdo digital, um NFT é uma maneira de estabelecer a propriedade de seu trabalho e vendê-lo em um mercado aberto e descentralizado.
Também pode se aplicar a obras de arte físicas, como pinturas, ilustrações, itens inovadores e desenhos, por meio de um token digital que representa o criador original e a proveniência da obra de arte. O que é importante lembrar aqui é que um NFT representa algo único e só pode haver um token que represente essas obras de arte.
Tokenizando sua arte
Em primeiro lugar, você deve ter o seu conteúdo totalmente original, óbvio. Pode ser arte digital ou imagens retocadas criadas a partir de softwares como Adobe Illustrator ou Photoshop, por exemplo. Os fotógrafos também podem “tokenizar” seu trabalho, incluindo impressões originais tiradas em filme ou fotos editadas digitalmente. Alguns fotógrafos que desejam estabelecer sua propriedade ou direitos sobre seu trabalho exibido em uma rede pública como a Internet podem usar um blockchain para verificar sua reivindicação.
Não vou entrar nas especificações técnicas da “tokenização” , mas sim nos detalhes gerais do processo. É basicamente uma forma de agregar valor ao conteúdo digital ou ativo tangível usando uma criptomoeda e a tecnologia blockchain. O token é uma forma de criptomoeda, enquanto a camada de negociação é o blockchain.
Pense em um blockchain como um banco de dados que armazenará com segurança os detalhes sobre seu trabalho de maneira que não possa ser modificado, adulterado, censurado ou até mesmo excluído. Ele pode funcionar como uma camada de negociação quando se trata de reivindicações de propriedade de conteúdo digital.
Ao criar o NFT (isto é, token), você está registrando sua propriedade de seu conteúdo digital e disponibilizando-o em uma rede descentralizada para compra ou transferência. Agora você criou valor em seu conteúdo que será determinado em um mercado descentralizado.
A ideia é diferente dos mercados típicos porque não há necessidade de um árbitro ou terceiro na maioria dos casos, já que você pode negociar sua NFT diretamente com os interessados. Existem plataformas onde você pode negociar NFT, mas elas não têm controle sobre seu conteúdo digital. Naturalmente, você é o único que tem controle sobre ele, pois é o proprietário.
Criando um NFT
Para criar um NFT, o usuário também deve ter uma carteira digital . Dependendo de quão experiente em tecnologia o usuário é, criar uma carteira digital pode ser um processo simples. As plataformas NFT normalmente fornecem carteiras digitais compatíveis e links sobre como instalar uma. É aqui que os detentores de criptomoedas podem rastrear a quantidade de moedas ou tokens que possuem.
Uma carteira digital contém o que é chamado de private key , que autoriza o usuário a possuir seus ativos digitais. Uma preocupação muito séria aqui é que, depois de perder uma chave privada ou revelá-la a outras pessoas, é possível perder um token como um NFT. É por isso que a segurança da carteira digital deve ser uma prioridade para quem deseja possuir NFT.
O mercado descentralizado
Os fotógrafos que desejam “tokenizar” seu trabalho precisarão de um mercado. Com a criptomoeda, você tem um mercado descentralizado porque não requer registro em uma autoridade central. Também não requer o envolvimento de corretores, bancos ou negociantes de arte, embora você ainda possa adicioná-los no processo. Isso cabe aos fotógrafos decidir. É um sistema muito aberto para qualquer um comprar, vender ou negociar seu NFT. Em seguida, permite que os usuários criem coleções de NFT como propriedade digital com direitos de propriedade.
A conclusão sobre Blockchain e NFT para fotógrafos
Na fotografia é um assunto que está apenas começando a gerar interesse no momento. Mas com base nos exemplos de alguns NFTs, a fotografia definitivamente faz parte do conteúdo digital. As imagens são importantes quando se trata de qualquer forma de arte e podem incorporar obras fotográficas. Um fotógrafo que tenha fotos exclusivas para monetizar pode transformá-las em um NFT. Blockchain e NFT para fotógrafos é uma oportunidade que está pronta para ser explorada.